13 de maio de 2011

a mulherzinha

Sigo lembrando do tanto que era bom, estar no lugar que hoje em dia não é mais meu, acabou... mas nossa! como era bom. Acabou. E se acabou, foi porque não dava mais certo, certo? certo. Tudo bem que você tinha um carinho que ninguém nunca vai fazer igual, apesar de eu nem acreditar, nessa história de ninguém depois de qualquer um que já passou, sempre tem alguém. Tudo bem também, que eu ainda perco horas pensando no que você pode tá fazendo, e se você tá perdendo minutos, da mesma maneira que eu.. mas agora você já criou um hábito péssimo: me obedeceu! Quem mandou, você ir ser feliz com outro alguém, como eu disse? Nunca te disse que eu gosto de ser contrariada? Também nunca falei de como eu gostava do modo como você me beijava quando eu fazia charme. Do jeito que você dirigia e da forma que você falava de outras meninas, fazendo parecer tão sem importância. Agora você tá aí.. me obedecendo. Sendo feliz e colocando a outra no meu lugar. O lugar que eu não desocupei definitivamente, o lugar que ainda tem tudo de mim, e tudo de nós. O lugar, não, o nosso lugar. E eu amava infinitamente, mais que tudo, isso. Amava, porque eu via em nós dois, a única saída pro meu problema maior, meu medo de sentir algo por alguém, novo, eu imaginava nisso tudo, um mundo diferente, onde eu pudesse ser tão eu, e amar tudo que você fizesse. Amar, amar, amar. Mas aí você fez questão de levantar a plaquinha do "The End" e deixou pra lá, tudo que eu sonhava, sem piedade, sem dó. Você destruiu o meu lado mais bonitinho, mais mulherzinha, você fez questão de ser apenas mais um, que transforma uma em tantas.. e das tantas que eu posso ser, hoje, eu só sinto desafeto, por alguém que eu quis ser tão tanto, e me quis por tão pouco. A mulherzinha morreu, deu lugar pra outra mulherzinha, doida pra ser "eu" e sentir tudo que "eu" sentiu, ocupar o lugar que "eu" ocupou. Mas agora, a "eu" foi ser feliz, em outros lugares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário