ninguém entendeu, mas todos julgaram

Quando tudo desmoronou e tomou aquelas proporções, ele esteve lá. O dia em que ela procurou entender o porque de as pessoas não respeitarem o seu lado e se sentiu a pior pessoa do mundo, após uma crise de identidade, de cpf, de título... ele esteve lá. Ela perguntou se a roupa tava boa, e ele respondeu, sinceramente, que não! Ela, magoada, ouviu: "você pediu a minha opnião, e aqui estou eu, como sempre, pra te ajudar. Estou aqui". Notícias boas chegavam e ele sempre tinha porcentagem na felicidade, sempre estava lá pra dividi-las! Era tudo escondidinho, na deles, de mansinho, caladinho e quietinho, ninguém sabia.. não sabiam inclusive que esse era o segredo de tudo, e por ele sempre ter estado lá. - Decidida a ouvir opniões de pessoas ausentes de todas as presenças dele, ela deixou todos saberem, do dia que ele a decepcionou. -
(...)
Se ele não te faz bem, deixa.
Se ele te trata mal, deixa.
Se ele tá fazendo isso, deixa, não gosta de você.
Se ele foi capaz disso, deixa.
(...)
Ainda bem que mente feminina é ágil, trabalha rápido e sempre sabe até onde aguenta. Ela perdoou e ninguém entendeu. Julgaram e reprovaram atitudes. Mas ninguém nunca soube, de todas as vezes que ele esteve lá. Ninguém nunca soube porque ninguém nunca precisa saber. O segredo está exatamente aí: no segredo! Coração é singular, é nosso. Só sabe quem aguenta, quem pode, quem vai e quem fica, quem sente. E ele continou lá, como sempre. Errando... às vezes. Mas acertando quase sempre. Estão aonde chegaram hoje, porque acreditam, que, aos olhos um do outro, o caminho que construiram é sólido suficiente pra superar, até onde derem. Palpite é aceito por quem convive, opnião é coisa séria. Nunca se sabe, quem sempre esteve ou não, LÁ!