14 de setembro de 2010

não pode ser.

Ele é o tipo de cara que tem potencial suficiente pra acabar com a minha vida. Bonitão, alto, loiro, olhos claros, inteligente e todos os outros adjetivos que qualquer mãe sonhou num genro. Ele fala bonito, elogia de um jeito diferente, tem o momento certo de aparecer e sabe exatamente quando deve sumir. Ele te leva ao céu e o inferno em questão de segundos, te faz sentir a pessoa mais desejada e a mulher mais foda do mundo inteiro. Mesmo naqueles dias que voce se acha o pior ser humano do planeta, aqueles dias que voce acorda achando que saiu de um filme de terror, de tanto que voce tá feia. E ele lá, te elogiando. Como é que pode? Pode? Pode.
Ele e todo o seu talento de destruir minha vida, de me fazer sentir um nada.. sabe o que ele quer? Poxa vida, ele ME quer! E mais ainda, ele me quer feliz, quer pra ele, quer fazer de mim alguém pra vida, quer dividir comigo, quer ser meu.
Olha menino, vou te falar. Eu topo, mas vou te dizer. Sabe esse coração? Ele tá cansado, ele não acredita mais em nada, ele não quer mais ser ninguem pra ninguem, sabe porque? Porque durante um tempo ele so quis ser alguem pros outros, só quis ser o melhor pros outros, nunca quis ser alguém pra si. Agora que ele decidiu ficar de bem comigo, agora que ele acalmou dessa euforia toda de paixonites de 15 anos, que ele entendeu o que vale, voce me aparece e me propõe esquecer tudo que eu treinei um tempão? Minhas horas pensando em como me amar vale muito mais a pena do que amar alguem que pode me machucar um dia, vão assim, pelo ralo? Vê lá o que você tá fazendo ein?


Eu entrego, eu topo esse desafio, mas depois não reclama se aparecer aí pelo mundo mais uma descrente qualquer, que não quer mais ser de ninguém, (apesar de saber que, ser sua, nunca deixou de ser meu maior desejo, e talvez um desejo que nunca vai morrer). Por você eu topo tudo, até desequilibrar tudo mais uma vez, só pra saber como é a sensação de matar um desejo antigo, um desejo recíproco, uma vontade mútua, a sensação de ser de alguém que sempre quis ser seu. Mas vê lá!

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